O Boletim dos Cientistas Atômicos, uma associação que conta com 18 prêmios Nobel entre seus membros, considera “muito alta a possibilidade de que ocorra uma catástrofe planetária se não forem tomadas medidas rapidamente” contra o aquecimento global e a corrida armamentista nuclear, que ameaçam a civilização.
O célebre relógio (‘The Doomsday Clock’, em inglês) foi criado em 1947 por esta associação para simbolizar a iminência de um cataclismo nuclear. O pêndulo mudou 18 vezes desde então, registrando variações extremas como quando marcou dois minutos para a meia-noite em 1953 e 17 minutos para a meia-noite em 1991.
A última vez que a agulha andou foi em 10 de janeiro de 2012, quando o relógio avançou dois minutos e se posicionou às 23h55.
Quanto mais próximo da meia-noite está seu ponteiro, mais o apocalipse se aproxima da civilização, segundo uma metáfora utilizada pelos cientistas do boletim, que anualmente analisam as ameaças planetárias.
A última vez que ficou a apenas três minutos da meia-noite foi em 1983. Aquele foi o ano mais gelado da Guerra Fria, entre Estados Unidos e União Soviética.
“Hoje em dia, o aquecimento global descontrolado e a corrida armamentista nuclear, como resultado da modernização de enormes arsenais, são ameaças extraordinárias e inegáveis para a sobrevivência da humanidade”, avaliou Kennette Benedict.